ABA – Analise Aplicada do Comportamento

 

Em minha constantes buscas sobre métodos para trabalho com Autismo, encontrei essas informações sobre Analise Aplicada do Comportamento orientadas Nadja Favero, Especialista em Psicopedagogia Clinica e Institucional, a qual sempre nos oferece informações de qualidade.

# ABA significa Applied Behavior Analyses. Em Português significa Análise Aplicada do Comportamento e, em poucas palavras, é uma ciência que observa, analisa e explica a associação entre o ambiente, o comportamento humano e a aprendizagem.

# ABA é uma ciência reconhecida, estudada e validada desde 1960(Baer, Wolf, & Risley, 1968), alicerçada em referencial teórico nomeado Behaviorismo Radical.

# Análise Aplicada do Comportamento NÃO é a mesma coisa que Análise Experimental do Comportamento.

# A Analise Aplicada do Comportamento (ABA) tem como grande diferencial da Análise Experimental do Comportamento a extensão dos princípios científicos desta para fora de laboratórios onde há controle total de variáveis, resolvendo “problemas” da “vida real”(BACB, about Behavior Analyses, 2008.)

# A Analise Aplicada do Comportamento (ABA) é, então, uma ciência aplicada que desenvolve métodos de modificação comportamental, que visa atender à diversas demandas comportamentais do sujeitos no dia a dia e é aplicada por um profissional certificado que utiliza princípios de APRENDIZAGEM, incluindo condicionamento operante.

# Toda Intervenção ABA é baseado no ensino e na aprendizagem de novos repertórios e habilidades. Portanto, é uma intervenção diretiva, dinâmica e aplicada que visa o sujeito como um todo.

# Terapia cognitiva NÃO é ABA. Terapia Cognitivo-Comportamental NÂO é ABA. Terapia Analítico Comportamental nem sempre é ABA. Psicologia Comportamental não é sinônimo de ABA. Usar uma mesa e fazer 30 minutos de DTT também não é ABA. Analise Aplicada do Comportamento é ABA.

# Uma Intervenção ABA NÃO se resume em uma sessão, mas um programa estruturado e elaborado depois de intensiva analise funcional.

# Não existe no Brasil, nenhuma instituição credenciada a qualificar alguém como Terapeuta ABA. Existem diversos programas de pós graduação em Analise do Comportamento, cursos e formações em “ABA”, mas, efetivamente, ninguém que não tenha feito a formação fora do Brasil pode se considerar Certificado como Terapeuta ABA. O órgão que regula esta ciência e todas atividades profissionais e de qualificação é o BACB, USA.

# Um programa ABA só é completo e correto quando contempla:

1) Avaliação Funcional Comportamental (FBA) onde se observa, analisa e explica a função de cada comportamento, bem como sua topografia e contingencias. (A-B-C)

2) Elaboração de Planos de Intervenção Comportamental (BIP); ( Behavior Intervention Plan)

3) Avaliação do Desenvolvimento (escalas padrões de desenvolvimento humano);

4) Avaliação de Domínios Específicos;

5) Avaliação de Referencias de Critérios ( ABLLS ou VB-MAPP. Friso que estas avaliações não medem atrasos no desenvolvimento, mas sim habilidades que já fazem parte do repertorio do sujeito e quais habilidades deverão ser ensinadas).

4) Elaboração de Currículo de Habilidades, com descrição de objetivos de curto prazo, médio prazo, longo prazo, tendo uma visão global do sujeito em habilidades na seguintes áreas: Linguagem (Receptiva e Expressiva), Motoras, Sociais, de Auto Cuidado, Cognitivas, Acadêmicas e do Brincar.

5) Elaboração de programas para cada objetivo de curto prazo em cada habilidade, com descrição de: Área, objetivo, descrição de procedimentos, técnica utilizada, esquemas de reforçamento, prompts a serem adotados, critérios de avanço, determinação de fluência, frequência, controle, generalização.

6) Aplicação e elaboração de programas adequados ao contexto do sujeito.

6) Registros, registros e mais registros… TUDO é registrado. Cada técnica ou esquema de reforçamento tem uma folha de registro diferente, portanto não existe um único modelo que serve para tudo! (DATA SHEETS)

7) Prazos determinados para revisão dos programas. Um programa ABA TEM QUE DAR RESULTADO. Se não houve avanço é porque o objetivo esta incorreto ou incompatível com o repertorio do sujeito ou ainda nao esta sendo bem aplicado. De todas as formas tem que revisar.

8) Pastas Curriculares Individuais de cada sujeito no programa. Nada daquela bagunça de “anotações qualquer cantinho”. Cada sujeito tem sua pasta, suas folhas de registros, seus programas, seus gráficos, suas atividades que devem ser compartilhados com os pais e ou responsáveis. É dever de qualquer terapeuta dar um minimo de feedback de seu trabalho.

Portanto, ABA não é chato. ABA não é treinamento puro e simples. ABA não é mecânico. Se isso acontece não é ABA!! ABA não “serve” só para crianças pequenas, ele é aplicado em todas as idades, em todos os graus de comprometimento no autismo ou outros transtornos do desenvolvimento.

fonte: http://nadjafavero.wordpress.com/

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