Autismo – Linguagem e Comunicação
 
  • Antes de começar a falar sobre a linguagem / comunicação dos autistas, gostaria de explicar um pouco sobre linguagem.
 
  • A linguagem é um sistema de comunicação, que abrange desde expressões (faciais e/ou corporais), gestos, escrita (linguagem escrita) e até mesmo a fala (linguagem oral). Através dela, o ser humano consegue pensar, imaginar, formar caráter, se manifestar, expressar sentimentos e interagir. Para se adquirir a linguagem é necessário: relações interpessoais, pois o “outro” tem o papel de significar / construir significado; a criança estar inserida no meio em que a linguagem faça parte de seu cotidiano; e que tenha condições físicas para aprender.
 
  • Os autistas apresentam dificuldade em interagir / socializar com outras pessoas e, como consequência, alguns não desenvolvem a linguagem (gestual, escrita, oral) de forma efetiva. Há casos em que as alterações de linguagem podem estar associadas, por exemplo, dificuldade na linguagem verbal e gestual. Vale ressaltar que as alterações variam de acordo com a severidade do quadro clínico.
 
  • Dentro da linguagem verbal, podemos destacar algumas características de alterações, mas vamos deixar claro que cada caso tem sua particularidade. Entre elas: estruturar a frase de forma adequada, troca de sons na fala, dificuldade em compreender metáforas, não conseguir manter o diálogo, vocabulário restrito, fala ininteligível, ecolalia (repetição fora do contexto) e até ausência de oralidade, em casos mais severos.
 
  • Para casos em que há ausência de oralidade, o fonoaudiólogo pode trabalhar com comunicação alternativa, as quais priorizam expressões e gestos dos indivíduos. Pranchas podem ser criadas e softwares podem ser utilizados. Os mais conhecidos e utilizados são: “PCS” (Picture Communication Symbols – Símbolos de Comunicação Pictórica) e o “PECS” (Picture Exchange Communication System - Sistema de Comunicação por Troca de Figuras).
 
  • Após avaliação feita, o fonoaudiólogo criará um plano terapêutico adequado, considerando as dificuldades de cada indivíduo, buscando, assim, aprimorar sua comunicação interpessoal e, consequentemente, inserindo-o na sociedade. Lembrando que a terapia em equipe multidisciplinar visa um melhor prognóstico para o paciente.
 
  • fonte - Fonoaudióloga Dra. Flávia Mello Della Valle –  CRFa 2-19224

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