Autismo e Epilepsia
 
  • A epilepsia é uma síndrome neurológica crônica, associada a um grupo de patologias que têm em comum as crises epiléticas, popularmente conhecidas como convulsões. Estima-se que a epilepsia atinge cerca de 50 milhões em todo o mundo. Atualmente, há muitos estudos em andamento para entender a relação da epilepsia com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Isso porque a prevalência da epilepsia em crianças como TEA é de 30%, sendo que é mais comum nas crianças que apresentam algum grau de deficiência intelectual.
 
  • O que se sabe
 
  • “Algumas pesquisas recentes na área da genética mostram que tanto o TEA quanto a epilepsia, podem ser causadas por numerosas e diversas mutações genéticas. Segundo os pesquisadores, ambas as condições estão ligadas a uma sincronia anormal de sistemas do cérebro ligados às conexões neuronais (sinapses)”, comenta a neuropediatra Dra. Karina Weinmann, cofundadora da NeuroKinder.  
  • Há ainda alguns fatores de risco presentes no TEA, como deficiência intelectual, comprometimento motor e alterações cerebrais que aumentam a probabilidade de desenvolver a epilepsia. Sabe-se, também, que meninas com TEA têm o dobro de chance de ter crises convulsivas e que algumas alterações nos cromossomos, geralmente ligadas ao autismo, parecem aumentar o risco de convulsões.
  • Por fim, um estudo apresentado em 2015, no encontro da Sociedade Americana de Epilepsia, sugere que as crises epilépticas podem prejudicar as vias neurais necessárias para a socialização, uma das áreas afetadas pelo autismo. A via neural é o caminho formado por uma série de neurônios conectados e que leva a mensagem de uma região do cérebro até outra.
  • Pais precisam prestar atenção aos sintomas
 
  • Crianças com TEA podem apresentar problemas para se comunicar, já que muitos têm atraso de fala, entre outros distúrbios da linguagem. Por isso, Dra. Karina alerta: os pais precisam saber quais são os sinais e sintomas e ficar atentos. Entre eles, podemos citar:
  • Distúrbios do sono
  • Irritabilidade e agressividade sem explicação
  • Regressão no desenvolvimento
  • Mudança no olhar
  • Extensão prolongada ou abalos dos membros
 
  • “É muito importante que se faça o diagnóstico de forma precoce para iniciar o tratamento o quanto antes, pois as crises epiléticas, a médio e longo prazo, podem danificar os neurônios de forma irreversível, além do risco de traumas durante as crises convulsivas. Podem ser usados medicamentos para controlar as crises epiléticas, entre outros tratamentos, como a estimulação do nervo vago”, explica Dra. Karina.
 
  • fonte Neurokinder
Redes Sociais:
Visitantes: 327

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *